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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

MELODIA ESCURA - CÁRPATOS 12


MELODIA ESCURA
CHRISTINE FEEHAN


A necessidade se arrastava atravessando seu corpo e pulsava com ritmo em sua mente. A música rugia e bramava, enchendo o enorme bar, uma melodia estranha e compeledora tão escura e atraente como ele. As notas eram arrancadas das profundidades de sua alma, surgindo através de seus dedos até o violão embalado entre seus braços como se embala a uma mulher. A música era uma das poucas coisas que lhe recordavam que estava vivo e que não era um dos não–mortos. Podia sentir as olhadas, embora nunca elevava a vista. Podia ouvir a respiração da multidão, o ar movendo-se através de pulmões com a força de um trem de mercadorias. Ouvia o fluxo e vazante do sangue nas veias, chamando, uma suave sedutora, tentado seus sentidos até que seu desejo era uma obsessão tão escura e implacável como a sombra que atravessava sua alma.

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